Caramp_MIHA_Bodytec_Carlos_Karol_Máquinas_130

Novas rotinas e estímulos para o treino de eletroestimulação

Você já pensou em incluir novas rotinas nos treinos de eletroestimulação? Pois saiba que é possível e incluir novos desafios, como correr numa esteira e treinar com halteres, geram progresso em relação aos resultados de determinado objetivo, já que eles incluem torque aos movimentos, equalizando com o estímulo da EMS.

Para o educador físico Murilo Ianelli, que cursa uma especialização em Eletroestimulação Neuromuscular aplicada às Ciências da Saúde, é preciso desafiar o aluno para que ele cresça no treinamento e não faça sempre o mesmo. “O professor precisa adotar estratégias diferentes com o passar do tempo, para evitar que a pessoa “enjoe” e saia da mesmice. É claro que, antes de tomar qualquer decisão, devemos levar em conta diversos fatores, como, por exemplo: o estado de saúde da pessoa, sua condição física, seu objetivo e até mesmo o seu gosto em relação ao treinar”.

Bike e esteira para um treino metabólico poderoso

Pedalar e caminhar exigem do corpo coordenação, boa consciência corporal e postura. Ao executar de forma correta a atividade, há um desenvolvimento no corpo que vai além da musculatura.

Quando a bike e esteira são combinadas à corrente metabólica, o gasto calórico tende a ser maior, pois essa combinação exige mais do sistema cardiorrespiratório, e isso potencializa o emagrecimento e o condicionamento cardíaco. Logo, se o estímulo elétrico e a velocidade da execução nos aparelhos estiverem adequados para o nível do aluno ou paciente, teremos uma estratégia segura e muito eficaz.

É importante ressaltar que a bicicleta e a esteira oferecem outros tipos de benefícios. Para pessoas com problemas articulares nos membros inferiores, desconforto no quadril, a bicicleta é importante, já que o impacto sobre eles é anulado. No caso da esteira, para quem prefere correr ao invés de passar por uma série de exercícios como skipping, burppee e polichinelo, o uso combinado de eletroestimulação é uma escolha bastante confortável e pode ser usada nos casos de reabilitação ou idosos, assim como para treinos específicos do alto rendimento, ou seja, em prol de cliclistas e corredores.

Quando o treino ganha com novas propostas

Treinar somente utilizando o peso do corpo, seja de forma dinâmica ou em isometria concêntrica, com certeza trará ótimos resultados, sejam eles musculares ou respiratórios. No entanto, ao incluir no treino de eletroestimulação pequenos halteres, barras, faixas e elásticos para adicionar torque ao movimento, essa pequena carga somada faz com que o desafio das séries aumente e os ganhos sejam maiores.

Outro exemplo: Fazer abdominal solo (no colchonete) ou em bola suíça cria um torque de flexão do quadril e ativação do abdômen maiores. Utilizar de acessórios de artes marciais, como luva e um saco de pancada para movimentos de deslocamento rápido seguido de golpes de membros superiores e inferiores, junto do estímulo metabólico de EMS potencializa a condição aeróbica e cardiorrespiratória.

 

Proponha novas rotinas com cuidado

Antes de qualquer mudança na rotina e estímulos no treino de eletroestimulação, o professor deve conversar com o aluno e juntos avaliarem se ele está pronto para dar esse novo passo. Incluir itens ao treino oferece um desafio maior para quem pratica, mas, antes disso, é preciso cuidado e que isso seja feito de maneira progressiva.

Se por algum motivo for necessário adicionar itens, equalize a potência do estímulo pesando o acessório utilizado também. Sempre leve em conta o estado de saúde e o objetivo do aluno/paciente.