O cérebro humano é uma grande máquina que possuímos e uma parte do corpo que nos causa espanto por seu funcionamento e complexidades. Ao contrario do que dizia Raul Seixas na canção Ouro de tolo , o homem não usa 10% das capacidades cerebrais que possui. Ele trabalha o tempo inteiro, mas como possui áreas de atuação, acaba se focando na atividade que está realizando a cada momento.
Movido pela curiosidade em estudar a área, o neuropsicólogo Braulino Peixoto, proprietário da Neurolog Brasil , descobriu na tecnologia da eletroestimulação de corpo inteiro uma aliada para, junto com a neuronavegação, desenvolver uma metodologia inovadora no país para tratar pacientes que convivem com doenças neurológicas como Parkinson, depressão, como no caso com o streamer Gaules, e transtorno de déficit de atenção (TDAH).
Em conversa com o blog da miha Brasil, Braulino, que será um dos palestrantes no novo curso online da empresa, em 18 e 19 de março, conta mais sobre seu trabalho e pesquisas. Confira!
Como você conheceu a miha e viu que o método se encaixaria no seu trabalho como neuropsicólogo?
Conheci a tecnologia em uma viagem que fiz à Europa e lá, passei a me perguntar que tipo de estímulo de potencial evocado a mobilização muscular, de uma forma ativa ou passiva, poderia ser gerada para o cérebro. A partir desta questão inicial, desenvolvi uma frente de trabalho chamada de neuronavegação , que é a ideia de entender o que essa área do corpo decodifica enquanto esta sendo eletroestimulada. Hoje, é possível eletroestimular uma área específica do corpo e do cérebro também, que nós chamamos de neuromodulação periférica e cuja evolução ganhou bastante com a entrada da miha, que possibilita muita segurança por ter um sistema elétrico fechado e sem borrar o traçado de pacientes com quadro delicados, como os epiléticos, por exemplo.
Como começou a usar a miha de forma integrada no seu trabalho?
A partir da curiosidade que a tecnologia me despertou em Portugal, decidi conhecer também como a eletroestimulação de corpo inteiro era utilizada tanto na Alemanha quanto na Espanha. De volta ao Brasil, fui conhecer o trabalho do professor Francimar Ferrari, em Recife, e fiz o curso básico de capacitação da miha. Já nas conversas iniciais, queria integrar o estímulo tanto do cérebro quanto do corpo e, por utilizarmos um programa chamado Nexus, que avalia tanto as áreas cerebrais quanto funcionais, a integração entre tecnologias se mostrou um acerto e com grande poder de entrega. Era possível ver a entrada e a saída da corrente com fidelidade. Um dos exemplos de resultados imediatos nós percebemos em pacientes com Parkinson que, após a primeira sessão com miha e a neuromodulação, passam a apresentar diminuição dos tremores por até 72h, com a introdução de um eletrodo no alto da cabeça e de regiões do corpo do paciente para serem eletroestimulados.
O que é o Nexus e como ele se integra ao método miha?
Ele é um aparelho em que você consegue colocar eletrodos de captação de conectar resposta biológica. Pode ser uma resposta muscular, galvânica da pele, cardíaca, cerebral. Por ser multimodal, ele te da a oportunidade de fazer um monitoramento biológico bastante extenso. Combinar o uso dele com miha e neuronavegação é possível quando se faz o monitoramento da eletroneuromiografia, ou seja, da atividade elétrica que se distribui ao longo dos músculos. Assim, é possível observar, com muita clareza, os picos de energia elétrica que a metodologia proporciona. Eu acredito que, no futuro, todo tipo de treino assim precisará contar com monitoramento específico da musculatura do paciente.
E porque é tão importante mapear o cérebro e integrá-lo a estímulos de treinos e tratamentos?
Quando pensamos em eletroestimulação de corpo inteiro, é preciso lembrar que nosso cérebro funciona com energia elétrica. Nós somos vulneráveis e recebemos estímulos e mudanças de tudo o que está ao nosso redor, no mundo externo ou interno. Assim, quando temos o mapa cerebral do paciente, seja ele buscando performance ou reabilitação, você consegue criar um protocolo muito mais específico e individualizado. E isso pode ser utilizado para depressão e outras doenças. Com o tratamento de WB-EMS e neuronavegação periférica, é possível estimular o paciente a ter vontade de se exercitar e se manter mais ativo após ser eletroestimulado em regiões-chave do corpo e do cérebro.
Quando você utiliza a eletroestimulação de forma passiva em pacientes e em quais tipos de situação?
miha é fantástico porque o método nos proporciona usar frequências de 1 a 60 hertz, que é o espectro que conseguimos usar no cérebro, apesar de ele gerar até 250 Hz. Um bom exemplo é no uso para Parkinson, onde se utiliza 130 Hz de frequência. Quando usamos o protocolo passivo, as correntes metabólicas são conti contínuas e imitam as frequências altas, como a beta e a gama. Se você pega os membros inferiores e estimula de 10 a 12 Hz (metabólico), você mobiliza a região sensório-motora do cérebro, e que costuma ser afetada em pacientes deprimidos ou com transtorno de déficit de atenção (TDAH) por exemplo.
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