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“As descobertas de hoje serão as ferramentas de amanhã.” A frase, do físico norte-americano Sheldon Lee Glashow, prêmio Nobel de Física em 1979, em seu livro Da Alquimia até os Quarks , representa bem as investigações científicas que levaram ao desenvolvimento da eletroestimulação.

No final do século 16, o físico e médico da rainha da Inglaterra Elizabeth I, William Gilbert, criou as primeiras máquinas de indução eletrostática, base para a produção e controle da eletricidade artificial, substituindo a do peixe elétrico, como apresentamos no último post da viagem pela história da eletroestimulação.

Em 1672, o físico alemão Otto Von Guericke criou o primeiro gerador de energia eletroestática, que consistia em uma esfera de enxofre que girava sobre um eixo central. Ele era eletrificado com o atrito contínuo da esfera de enxofre com as mãos ou a lã.

A união da eletricidade com a fisiologia ocorreu pelas mãos de Luigi Galvani, filósofo, médico anatomista e fisiologista italiano. Ele descobriu, em 1791, que as pernas de rãs mortas se moviam ao receberem carga elétrica, iniciando os estudos sobre a contração muscular por meio da eletricidade. Para isso, usou uma corrente elétrica contínua, que ficou conhecida como “Corrente Galvânica”.

 

 

“Foi Galvani quem criou as bases da eletroestimulação. A descoberta de Galvani foi um grande avanço, que motivou vários cientistas”, afirma Murilo Ianelli Chaves, consultor técnico da miha Brasil . Com essa descoberta, a eletricidade foi aplicada em acupuntura pelo médico francês Louis Berlioz, em 1816; e, em 1825, com o médico francês Chevalier Sarlandiere, para tratar de reumatismo e disfunções respiratórias.

“Faz total sentido a frase Glashow. Se não fossem as rãs tomando choque nas perninhas e Galvani entendendo todo o experimento e aplicação em humanos, não haveria essa evolução. Foram pequenos grãos de conhecimento que foram anotados, explorados e desenvolvidos ao longo dos séculos que permitiu chegarmos às tecnologias de hoje”, diz Chaves.

Em1831, o inglês Michael Faraday, conhecido por suas pesquisas sobre campos eletromagnéticos e inventor do motor elétrico, criou a bobina de indução, permitindo a geração de corrente elétrica continuada. Na fisiologia, em 1833, o neurologista francês Guillaume Duchenne, identificou, pela primeira vez, os pontos motores dos músculos na obra Eletrofisiologia dos Movimento s, além de áreas possíveis de serem estimuladas eletricamente.

A EMS no século XX

Nas décadas de 1950 e 1960, os estudos sobre a eletroestimulação evoluíram. Em 1953, Reinhold Voll, médico alemão, realizou os primeiros trabalhos sobre resistência elétrica dos pontos de acupuntura e desenvolveu os primeiros equipamentos de eletroterapia que utilizavam a corrente comercial. Após séculos de esquecimento, a analgesia provocada pela eletricidade voltou a ser pesquisada, em 1965, por neurocirurgiões americanos.

Com a corrida espacial, nas décadas de 1960 e 1970, o fisiologista russo Yakov Kotz inicia utilização da eletroestimulação com finalidade de buscar aumento de força e massa muscular, que ficou conhecida como a Corrente Russa, e inicialmente usada nos cosmonautas a fim de evitar perda de massa muscular no espaço. Em 1976, pela primeira vez, essa técnica foi utilizada como complemento ao treinamento tradicional nos atletas russos que disputaram a Olimpíada de Montreal.

 

 

A eletroestimulação, principalmente a de corpo inteiro, continuará a ser desenvolvida na segunda parte do século XX e no século XXI. Mas isso é assunto para outro post. Aguarde e siga lendo o blog da miha Brasil.

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Por Michelle Dignitus 11 de fevereiro de 2025
Curso inédito da miha oferece aplicação teórica e prática da eletroestimulação em idosos Curso será realizado, de forma online, nos dias 22 e 23 de março, e é inicialmente voltado para quem já possui alguma experiência no uso da tecnologia O Brasil, assim como muitos lugares do mundo, tem se deparado com o fenômeno do envelhecimento acelerado, aumento da expectativa e qualidade de vida de suas populações. Atualmente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 15% dos brasileiros possuem 60 anos ou mais, e a expectativa é que eles sejam mais de 30% por volta de 2050, além de representar uma das forças econômicas e de consumo. É necessário olhar com olhar mais apurado a população idosa e buscar por ferramentas e conhecimentos que ofereçam aumento na qualidade de vida desse grupo tão importante. Especialmente para quem é profissional da saúde, como fisioterapeutas, médicos e professores de educação física, atualizar conhecimentos nunca é demais. Pensando nisso, a miha Brasil , marca pioneira e mais tradicional de eletroestimulação de corpo inteiro (WB-EMS), se uniu à sua embaixadora Nícia Rocha para criar um curso inédito no mercado, cujo objetivo é o de discutir e ensinar aplicações e práticas com a tecnologia em idosos. Segundo Nícia, que é especialista em reabilitação e trabalha com WB-EMS desde 2019, a ideia de desenvolver o curso de especialização surgiu da necessidade de compartilhar seus conhecimentos com um grupo maior de profissionais. “Para se trabalhar de forma eficaz com idosos, é preciso entender antes aspectos fundamentais, como a parte fisiológica de cada paciente, além de saber como deve ser o trabalho com grupos com risco de fragilização e outros com o perfil robusto. É preciso aprender a usar os protocolos corretos e as correntes para cada um dos casos, doenças. É muito importante ter conhecimento da parte clínica para saber como oferecer o melhor para cada caso”, destaca. A profissional de Belo Horizonte espera que o novo curso possa abrir a mentalidade de profissionais da saúde e que eles consigam enxergar o idoso de forma completa e entenda que, trabalhar com esse grupo é bem diferente do que trabalhar com um adulto saudável. “O idoso possui uma série de nuances, e, com nosso envelhecimento, também chegam desafios como o declínio da massa muscular e a maior dificuldade em ganhá-la. A eletroestimulação de corpo inteiro, aliada de forma inteligente a outras ferramentas, pode ajudar no aumento da cognição, força, equilíbrio, prevenção de quedas. Mas para se alcançar isso, o profissional precisa obter a teoria e prática em sua formação”.
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