Edson Lopes - Arquivo pessoal

Eletroestimulação ajuda no controle do diabetes

Tecnologia da eletroestimulação de corpo inteiro pode ser utilizada no controle da glicemia e auxiliar com problemas circulatórios decorrentes do diabetes.

O diabetes é hoje uma das doenças que mais crescem em número de diagnósticos tanto no Brasil e no planeta. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a previsão até 2050 é de termos 1.3 bilhões de pessoas diabéticas e atualmente, o Brasil possui cerca de 17 milhões de diabéticos segundo dados do Ministério da Saúde. Por não ter cura, é preciso prevenção e manter hábitos saudáveis, como a prática regular de atividade ou exercício físico, como é o caso da eletroestimulação de corpo inteiro (WB-EMS).

A médica Valéria Modesto, do Instituto Libertare, de Juiz de Fora, explica que pessoas diagnosticadas com diabetes podem apresentar problemas circulatórios graves, como o fechamento da microcirculação em membros inferiores, como pernas e pés. Segundo ela, o quadro de dor e incômodo faz com que o diabético costume apresentar uma redução da atividade física e o corpo seja menos estimulado ao longo do dia. “Por isso, é importante desenvolver atividades e treinos que estimulem a microcirculação do corpo e vejo a eletroestimulação de corpo inteiro como ótima alternativa, por conta da otimização do tempo e alcance de partes internas do corpo, como as vísceras abdominais (pâncreas)”.

Outro fator benéfico apontado pela médica está no aumento da oferta de sangue e oxigênio, além do auxílio no controle metabólico e do índice glicêmico de quem possui diabetes e apresenta taxas acima de 126mg/dl. É importante ressaltar que o índice glicêmico desejável gira entre 70 e 100mg/dl. “A prática constante de exercícios ou atividade física por pacientes diabéticos também ajuda na produção de proteínas carregadoras de hormônios, a exemplo da tireoide, que é uma glândula mestra e que ajuda na regulação de outros órgãos do corpo e no bom funcionamento do pâncreas”, orienta Valéria.

Melhora de taxas e mobilidade

O engenheiro paulistano Edson Lopes, de 68 anos, pôde ver sua resistência à insulina ser controlada com a entrada dos treinos com miha em sua rotina. Treinando há um ano e três meses com o proprietário da Tilt for Fit, Arquimedes Junior, Edson percebeu mudanças como ganho da mobilidade que o ajudaram a jogar tênis com mais qualidade. Ele também passou a apresentar melhores resultados nos exames de sangue, com manutenção da glicemia em 100mg/dl medida em jejum, além de mais qualidade de vida.

Arquimedes explica que o aluno começou a treinar com ele com resistência à insulina e síndrome metabólica (dislipidemia), além de tomar uma grande quantidade de medicamentos. “Edson chegou com condicionamento físico baixo, pouca disposição e assim que começamos a treinar, duas vezes por semana, ele apresentou um ganho de massa muscular incrível, com cerca de 4kg de músculo estimado”. Também houve redução no percentual de gordura, em especial nas coxas e abdômen, onde Edson eliminou por volta de 6% de gordura.