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O empresário Joselito Lins Costa, de 72 anos, tem como hobby a jardinagem em sua casa de praia em Porto de Galinhas, em Pernambuco. Mas quem o vê manejando mudas de palmeiras de até dez quilos, fazendo um trabalho que exige muita força, nem imagina que pouco mais de quatro anos atrás, em dezembro de 2018, ele enfrentou o maior desafio de saúde de sua vida.

Por causa de uma pancreatite aguda, ocasionada pelo excesso de triglicerídeos no sangue, Joselito ficou internado por 21 dias em Recife, proibido de beber água e recebendo nutrientes de forma endovenosa. Ele só passou a ingerir alimentos sólidos 16 dias após a internação e por isso, perdeu 16 kg. Costa recebeu alta no dia 2 de janeiro de 2019, dia de seu aniversário, e chegou em casa em uma cadeira de rodas, sem conseguir fazer qualquer movimento com braços e pernas. Pelo fato de ter ficado no limite da alimentação e por tantos dias em uma cama de hospital, desenvolveu sarcopenia aguda.

A sarcopenia, que vem da junção das palavras gregas sarx (carne) e penia (perda), é caracterizada pela perda de massa muscular esquelética, um processo natural que ocorre no envelhecimento, mas que assim como ocorreu com Costa, pode ter expressões contundentes como reflexo de adoecimento. Apesar de ser mais comum em idosos, a doença pode começar a se expressar a partir dos 30 anos, dependendo dos hábitos de vida da pessoa e falta de exercícios.

Como a miha entrou na vida dele

O empresário pernambucano só conseguiu reverter o quadro sarcopênico aliando fisioterapia tradicional com à eletroestimulação de corpo inteiro (WB-EMS) “A doençaa atacou meus músculos. Dei uma de faquir, pessoas de circo que ficavam até 21 dias sem se alimentar, deitados em cama de prego”, conta. Durante o processo, Joselito foi acompanhado pelo fisioterapeuta e consultor científico da miha Brasil, Francimar Ferrari, que utiliza a tecnologia desenvolvida na Alemanha no tratamento de várias doenças, como a sarcopenia e a recuperação pós-Covid, por exemplo.

Para o ortopedista Tomás Mosaner, que também é médico do esporte com especialização em dor, o uso de eletroestimulação de corpo inteiro é uma ótima ferramenta para pacientes que sofrem da doença. “A sarcopenia atinge as fibras de tipo 2, que são de contração rápida e no caso de um idoso com o problema, é difícil que ele ou ela se encaixem em um programa de treino convencional para ganhar massa muscular e com baixo impacto nas articulações. Por isso a WB-EMS pode ajudar como alternativa de ganho e melhora de vida e autonomia desse paciente. É uma ferramenta para auxiliar no tratamento traz benefícios como ganho de força, diminui as dores e pode combinada com outros estímulos e treinos”.

Estudos científicos apontam benefícios

Estudo científico realizado por pesquisadores do Instituto de Física Médica da Universidade Friedrich-Alexander, de Erlangen-Nürnberg, na Alemanha, é um dos exemplos de que a WB-EMS é eficaz no combate à sarcopenia. O estudo foi realizado com cem homens com idade igual ou superior a 70 anos diagnosticados com a doença e submetidos a um ciclo de duas sessões eletroestimulação de corpo inteiro ao longo de 16 semanas.

Além disso, esses homens foram estimulados a consumir suplemento de proteína. “Esse estudo mostra que a eletroestimulação de corpo inteiro é um método seguro”, afirma Ferrari. “Houve ganho de massa muscular com os treinos feitos duas vezes por semana. E importante que o estudo mostra que isso foi associado à ingestão suplementar de proteína, o que é importante, porque o idoso tem problema de captar proteína. E o músculo nada mais é que proteína.”

Uma análise de julho de 2022 de 55 estudos científicos publicados entre abril de 2020 a março de 2021 sobre os benefícios da WB-EMS em idosos acima de 60 anos, feita por cientistas da Faculdade de Fisioterapia da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), comprova também que há ganho de massa muscular e preensão manual.

O estudo brasileiro também considera que a WB-EMS é um método seguro, especialmente porque o método possui baixo impacto nas articulações, além de não ser comum o uso de pesos extras além do corpo do paciente.

Por Michelle Dignitus 11 de fevereiro de 2025
Curso inédito da miha oferece aplicação teórica e prática da eletroestimulação em idosos Curso será realizado, de forma online, nos dias 22 e 23 de março, e é inicialmente voltado para quem já possui alguma experiência no uso da tecnologia O Brasil, assim como muitos lugares do mundo, tem se deparado com o fenômeno do envelhecimento acelerado, aumento da expectativa e qualidade de vida de suas populações. Atualmente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 15% dos brasileiros possuem 60 anos ou mais, e a expectativa é que eles sejam mais de 30% por volta de 2050, além de representar uma das forças econômicas e de consumo. É necessário olhar com olhar mais apurado a população idosa e buscar por ferramentas e conhecimentos que ofereçam aumento na qualidade de vida desse grupo tão importante. Especialmente para quem é profissional da saúde, como fisioterapeutas, médicos e professores de educação física, atualizar conhecimentos nunca é demais. Pensando nisso, a miha Brasil , marca pioneira e mais tradicional de eletroestimulação de corpo inteiro (WB-EMS), se uniu à sua embaixadora Nícia Rocha para criar um curso inédito no mercado, cujo objetivo é o de discutir e ensinar aplicações e práticas com a tecnologia em idosos. Segundo Nícia, que é especialista em reabilitação e trabalha com WB-EMS desde 2019, a ideia de desenvolver o curso de especialização surgiu da necessidade de compartilhar seus conhecimentos com um grupo maior de profissionais. “Para se trabalhar de forma eficaz com idosos, é preciso entender antes aspectos fundamentais, como a parte fisiológica de cada paciente, além de saber como deve ser o trabalho com grupos com risco de fragilização e outros com o perfil robusto. É preciso aprender a usar os protocolos corretos e as correntes para cada um dos casos, doenças. É muito importante ter conhecimento da parte clínica para saber como oferecer o melhor para cada caso”, destaca. A profissional de Belo Horizonte espera que o novo curso possa abrir a mentalidade de profissionais da saúde e que eles consigam enxergar o idoso de forma completa e entenda que, trabalhar com esse grupo é bem diferente do que trabalhar com um adulto saudável. “O idoso possui uma série de nuances, e, com nosso envelhecimento, também chegam desafios como o declínio da massa muscular e a maior dificuldade em ganhá-la. A eletroestimulação de corpo inteiro, aliada de forma inteligente a outras ferramentas, pode ajudar no aumento da cognição, força, equilíbrio, prevenção de quedas. Mas para se alcançar isso, o profissional precisa obter a teoria e prática em sua formação”.
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