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Artistas e anônimos lotam os estúdios que casam malhação com impulsos elétricos sobre os músculos para acelerar resultados. Não pense que é algo fácil

Publicado em VEJA de 3 de outubro de 2018,  edição nº 2602

Por muito tempo foi piada: a pessoa punha uma faixa acoplada a eletrodos no abdômen, ligava um aparelho, sentava para ver TV e, alguns minutos de choquinhos depois, a “ginástica” para endurecer e definir músculos estava completa, sem esforço, suor ou lágrimas. Evidentemente, isso era pura balela. Agora, o tratamento de choque está de volta na multiplicação, por toda parte, da eletroestimulação muscular (EMS, na sigla em inglês) — só que com mais seriedade e, sim, com bons resultados. As sessões duram vinte minutos, exigem roupa especial e, acompanhadas de profissional qualificado, podem aumentar em até seis vezes a intensidade da musculação (isso mesmo: é preciso malhar junto), fazendo de cada treino o equivalente a mais ou menos uma hora e meia de academia convencional. As famosas, claro, abraçaram os eletrochoques com entusiasmo. A atriz Bruna Marquezine postou um vídeo comprovando — com gemidos, inclusive — o esforço, que também atrai adeptas como Marina Ruy Barbosa, Grazi Massafera, Juliana Paes, Carolina Dieckmann e Mariana Ximenes.

O processo de estimulação artificial de músculos começa vestindo-se legging e camiseta colados ao corpo e, por cima, colete e braçadeiras equipados com placas e fios conectados a um aparelho. O treinador define a carga de impulsos elétricos e os locais que vão recebê-los. Cada “choque” dura cerca de quatro segundos, seguido de intervalo igual, e os impulsos são capazes de estimular 300 músculos de uma área, ou 98% do total, contra no máximo 50% no treinamento comum. “A eletroestimulação vai direto para as fibras que mais produzem resultados, mas que também são as que mais demoram a ser acionadas nos exercícios tradicionais”, explica o personal trainer Chico Salgado, que adotou o método como complemento nos treinamentos de ginástica funcional e lutas.

Por sua alta intensidade, recomenda-se a prática uma vez por semana, no máximo duas. Cada sessão custa, em média, 150 reais. Desligada a máquina de eletroestimulação, haverá na sua frente um atleta resfolegando, com o suor escorrendo pelos cabelos. “A gente sente o corpo inteiro trabalhando”, descreve a atriz Maria João, 43 anos, que incluiu o EMS na sua rotina com o objetivo de ganhar mais força nos membros superiores. “Estou acostumada a fazer balé, jogo futevôlei e frequento academia. Nada é tão cansativo quanto o treino combinado com a eletroestimulação”, confirma a universitária carioca Julia Kurtz, de 19 anos, que se submete ao tratamento de choque há dois meses.

Os equipamentos de eletroestimulação muscular usados no Brasil são importados principalmente da Alemanha, onde o método vem sendo desenvolvido faz uma década, e têm o selo de aprovação da Anvisa. Antes mesmo de se unir aos exercícios físicos, o EMS já era utilizado como auxiliar na recuperação de lesões em atletas como o tenista Rafael Nadal e o velocista (hoje jogador de futebol) Usain Bolt. O centro de treinamento do Corinthians, em São Paulo, conta com um aparelho desse tipo. Sozinho, no entanto, o efeito, em qualquer circunstância, é pífio. “A eletroestimulação não é segredo de sucesso. Mas pode ser um bom complemento”, atesta o médico Sérgio Maurício, da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Ou seja, desconfie dos canais de televendas: prometer músculos firmes e definidos sem suar muito a camiseta é, e sempre foi, nada além de desinformação.

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Curso inédito da miha oferece aplicação teórica e prática da eletroestimulação em idosos Curso será realizado, de forma online, nos dias 22 e 23 de março, e é inicialmente voltado para quem já possui alguma experiência no uso da tecnologia O Brasil, assim como muitos lugares do mundo, tem se deparado com o fenômeno do envelhecimento acelerado, aumento da expectativa e qualidade de vida de suas populações. Atualmente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 15% dos brasileiros possuem 60 anos ou mais, e a expectativa é que eles sejam mais de 30% por volta de 2050, além de representar uma das forças econômicas e de consumo. É necessário olhar com olhar mais apurado a população idosa e buscar por ferramentas e conhecimentos que ofereçam aumento na qualidade de vida desse grupo tão importante. Especialmente para quem é profissional da saúde, como fisioterapeutas, médicos e professores de educação física, atualizar conhecimentos nunca é demais. Pensando nisso, a miha Brasil , marca pioneira e mais tradicional de eletroestimulação de corpo inteiro (WB-EMS), se uniu à sua embaixadora Nícia Rocha para criar um curso inédito no mercado, cujo objetivo é o de discutir e ensinar aplicações e práticas com a tecnologia em idosos. Segundo Nícia, que é especialista em reabilitação e trabalha com WB-EMS desde 2019, a ideia de desenvolver o curso de especialização surgiu da necessidade de compartilhar seus conhecimentos com um grupo maior de profissionais. “Para se trabalhar de forma eficaz com idosos, é preciso entender antes aspectos fundamentais, como a parte fisiológica de cada paciente, além de saber como deve ser o trabalho com grupos com risco de fragilização e outros com o perfil robusto. É preciso aprender a usar os protocolos corretos e as correntes para cada um dos casos, doenças. É muito importante ter conhecimento da parte clínica para saber como oferecer o melhor para cada caso”, destaca. A profissional de Belo Horizonte espera que o novo curso possa abrir a mentalidade de profissionais da saúde e que eles consigam enxergar o idoso de forma completa e entenda que, trabalhar com esse grupo é bem diferente do que trabalhar com um adulto saudável. “O idoso possui uma série de nuances, e, com nosso envelhecimento, também chegam desafios como o declínio da massa muscular e a maior dificuldade em ganhá-la. A eletroestimulação de corpo inteiro, aliada de forma inteligente a outras ferramentas, pode ajudar no aumento da cognição, força, equilíbrio, prevenção de quedas. Mas para se alcançar isso, o profissional precisa obter a teoria e prática em sua formação”.
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