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Atividade é feita com roupa equipada com eletrodos, estimulando 350 músculos ao mesmo tempo.


Os movimentos de agachamento, polichinelo e abdominal estão lá, mas, em vez de puxar ferro, os alunos estão vestindo uma roupa repleta de eletrodos, que, ao darem “choquinhos”, fazem todo o trabalho de estímulo semelhante aos provocados por exercícios de musculação. O eletrofitness é um novo tipo de atividade em que, em 20 minutos de aula, 350 músculos se contraem ao mesmo tempo, o equivalente a três horas de treinamento convencional. O gasto calórico pode ultrapassar 500 calorias por aula.

O equipamento usado é uma tecnologia alemã que virou febre entre atletas como Usain Bolt e Rafael Nadal. Depois de desembarcar no Brasil no início do ano, já caiu no gosto de Bruna Marquezine, Grazi Massafera e outras famosas. Estúdios que oferecem a modalidade em São Paulo já estão com filas de espera.

O maquinário high-tech consiste em uma unidade de comando que se conecta a um traje composto por um colete e cintas umedecidos e colocados na região de braços, pernas e glúteos, conforme explica o profissional de educação física Marcos Breno Silva. As peças são equipadas com oito grupos de eletrodos, que podem ser programados para realizar três tipos de treinos. A intensidade dos pulsos varia de 0 a 100.

“Nos exercícios de força, os movimentos são alternados entre quatro segundos de estímulo e quatro segundos de recuperação. No aeróbico, o protocolo é constante, porém a frequência é menos intensa. Na recuperação, são dez minutos de estímulos com o aluno parado. É mais usado para relaxar depois de uma competição, por exemplo”, explica Silva.

Resultados. O método de eletroestimulação muscular (EMS, na sigla em inglês – Electric Muscle Stimulation) auxilia no emagrecimento, na redução de gordura corporal, na tonificação muscular, no ganho de força, na hipertrofia muscular, na correção postural e no combate à celulite.

Adepto do crossfit há três anos, o professor de matemática Alisson Marques, 40, percebeu que precisava mudar. “Chega um momento em que parece que o corpo fica estabilizado. Sinto que a eletroestimulação está me ajudando. Quando comecei, há um mês e meio, estava com 23% de gordura corporal e agora estou com 18%”, comemora.

No entanto, a novidade nada tem a ver com uma “proposta milagrosa”, segundo Silva. “Só fazer isso não adianta e, assim como qualquer outra atividade física, deve estar associada a uma reeducação alimentar e boa qualidade do sono”, reconhece.

Por ser um treino bem intenso – duas sessões são equivalentes a seis aulas convencionais de uma hora na academia –, o professor de educação física diz ser preciso ficar atento a alguns cuidados. “São necessárias de 48 horas a 72 horas de recuperação entre os treinos. O máximo recomendado são duas vezes na semana”, afirma.

Se para muitas pessoas a ideia de se exercitar tomando “choquinhos” parece, no mínimo, estranha, Alisson garante que na prática os estímulos são bem toleráveis e não assustam. “A gente sente como se fossem formigamentos, mas a intensidade o personal que acompanha o aluno na aula vai ajustando na máquina”, tranquiliza.

Onde treinar

BH. Na capital mineira, a SYNC Eletrofitness, localizada na avenida dos Bandeirantes, 506, no bairro Mangabeiras, possui dois aparelhos. A aula avulsa custa R$ 95, e o pacote mensal com uma aula por semana sai a R$ 360.

FISIOTERAPEUTA

Aparelho não deve substituir atividades

Apesar de novidade no mundo fitness, a eletroestimulação não é uma técnica nova, especialmente para os fisioterapeutas, que lançam mão desse recurso, com muito critério, para reabilitação muscular, por exemplo, explica o fisioterapeuta e presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – Regional Minas Gerais, Anderson Luís Coelho.

“São diversos tipos de correntes elétricas, e cada uma tem um objetivo, dosagem, frequência, largura do impulso elétrico, em que ajustes mínimos podem alterar os resultado, além de associar com outros recursos e exercícios ‘ativos’ – que o aluno faz voluntariamente”, diz.

Ele se preocupa com comparações com as atividades convencionais. “Por mais que exista uma contração e um certo ganho de definição muscular, o aparelho dispara o impulso diretamente no músculo, o que não significa uma resposta do cérebro ao estímulo, então, o ganho não é real. Quando for necessário recrutar os músculos, o cérebro não vai estar devidamente condicionado”, explica, afirmando que a modalidade deve ser complementar à atividade física regular. (LM)

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